O que resta ainda…

O que resta ainda…

Por favor, não se confunda, não me confunda

Ainda sou o mesmo com transformações que a vida me fez

É que sofri as mutações da vida

De em quando vou à janela,

para como antes, te ver passar…

E olho para o tempo,

recobro-me nas lembranças que a vida faz

Desnudo o teu amor em mim

Mas por favor, não me perturbes,

siga em frente sem olhar para trás

O que passou, passou, restam agora,

só as lembranças que o teu amor me trás

Por favor me escute um pouco, um pouco mais,

deixe-me dizer do meu amor

Do meu amor

O que passou, passou

Não volta mais

Ainda assim, trago-te de onde estás

E te coloco em mim,

meu coração, abrigo

Ainda que só em pensamentos arbitrários

Pois o que passou, ficou e transformou meu coração

Nilson Ericeira

(Robrielle)