O AÇOITE II

O supermercado cheinho de gente

Nossa mente vazia

De um povo sempre com pressa

De uma gente que esbarra em etiquetas

No ônibus lotado

No vício do ócio

E estética burra

No salário volátil

No abismo da vida

Na ratoeira exposta

E mídia midiática

Na falsa ilusão plugada

No banco digital

Na janela do mundo nas mãos

Eu, um zumbi

Com a ‘tele-tela’ nas mãos

Esta vida é um açoite

Ainda assim, sou eu quem faz

Eu faço, eu posso, eu mando

Ególatra, talvez

Nilson Ericeira

(Robriell)