Oficina de vida II – Filhos da exclusão

Filhos da exclusão

É evidente que não podemos
‘viver’ alimentados por paliativos. É preciso gestão pública. Enquanto
esperarmos o período festivo e o eleitoreiro, não menos festivo, para sermos
lembrados, aumentará mais ainda a exclusão social. Mas há quem se alimente dela
e até engorde.

O gestor publico não é o
dono do bem público, mas um procurador temporário. É bom que se diga. E
exatamente por isso que, passando o mandato, afastam-se os amigos.

O que o modus operandi da ‘politica’
no Maranhão tem produzido a cada ano é, sem dúvida, uma legião de excluídos. O
pior deles, igual ao excluído de informação, é o excluído de alimentação e
cidadania.

Eu mesmo sou um filho dessa
exclusão, meu pai era sapateiro e pescador e éramos privados de bens essenciais
para a nossa ‘sobrevivência’. Porém, registro que não nos faltou educação em
casa e na escola.

Então, logo percebi que
minha saída seria a educação.

O voto, mesmo sendo o
melhor meio de passarmos a nossa procuração em que confiamos, infelizmente não
tem nos tirado da situação de exclusão.

A apropriação do bem
público como coisa própria e não como ‘res’ pública leva a agregação somente
dos amigos de quem está no Poder.