
A nudez da vigem
No som da tua voz
Essência e líquido
No corpo,
encanto e formosura
Encontro, encaixe
Em trejeitos de teu jeito mulher!
Pareces uma nuvem saltitante
De encanto infinito…
Levando-me contigo na passagem do tempo
Vejo-te em traços no céu
Tão bela e única igual a flores nuas e sensuais
Tão fêmea que encosta no céu do sexo…
No fim do desejo
E no ápice da vida
Mulher de formas exuberantes
De sensualidade ultra normal
Olhar de amor
Risos persuasivos
Voz em notas de amor
Ainda que silente, responde-me
Atrai-me, solta-me, liberta
Faceirice de fêmea fértil
Do teu suposto beijo
Sinto o aroma como se flores em decantação
Em ti encontro, escultura e beleza únicas.
Assim me tens desnudado nos dias da minha vida
Em ilações permanentes
Em lampejos de encontro
Nos sonhos e projeções
Porém invisível, pois indomável
Objeto possesso da minha poesia
Ainda que exista, não tem forma única
Pois da tua inconstância, traços da tua forma
Ainda bem, pois assim posso tê-la
Ainda que só em miragens
Nilson Ericeira
(Robrioelle)
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