Por uns caminhos II/Caminheiro

Por uns caminhos II/Caminheiro

Eu trago a marca da luta da vida
Pois eu sou a reflexão do que passo
Eu passarinho…
Passarinhei, passo, passarei…
Eu trago suor do corpo
Eu tenho a marca do tempo
Do pretérito, do presente e futuro
Eu guardo a marca dos caminhos
Eu escuto a voz do meu coração
Eu trago a marca da fome e da dor
Aliás, não cessam
Pois sou um declamador de justiça
Eu sou a madrugada fria com meu pai nos caminhos…
Nos caminhos da vida
E lições…
Mas eu sou o sol nascendo nas manhãs de esperança
Assim, trago as marcas da vida
Eu deixarei marcas invisíveis à ignorância
Pois eu trago as marcas do amor
Eu tenho a vida, me apego nela e me seguro
Eu guardo o riso e o encanto do teu amor
Ainda que o tempo passe,
guardo bem guardadinha a tua essência em mim
Eu sou o encanto e o desencanto de mim mesmo
A emoção dos dias de vida em que estiquei versos
Pois eu sou a minha própria confissão

Nilson Ericeira
(Robrielle)