
Por Nilson Ericeira
A análise do discurso e o exercício da liberdade
Com o passar dos tempos, com a repetição de ações, com algum aprendizado formal, mas, sobretudo, com a reflexão dos nossos próprios atos e observação de comportamentos, arriscamo-nos a emitir opinião sobre determinados assuntos.
Por exemplo, quem discursa e não age de forma semelhante, pratica falácia. Da mesma forma que, quem não é um referencial e emite conselhos, pratica proselitismo. Numa análise mais contundente, poderíamos até chamar de hipócritas os que falam de forma completamente diferente das suas ações.
Dizendo isto, eu entendo que deveríamos todos nos alfabetizarmos de forma a compreender o que há de sub-reptício, pois ali poderá conter toda a intenção do falante. Na fala, por mais eficaz que pareça, há a denúncia. Ninguém, pelos menos eu não conheço, alguém que de tão retórico consiga esconder suas mentiras e invencionices.
Tenho me pautado durante toda a minha vida pela franqueza e honestidade. Não obstante, lá alguma vez, sou surpreendido por provocações alhures à minha prática. Nesse sentido, entendo que o direito é o caminho da justiça, mas nem sempre a justiça se completa na busca da justiça. Quanto está em jogo a minha liberdade de pensar não me submeto e, jamais, me submeterei a apegos, correntes e seduções. A liberdade assim como a vida são bens maiores, inalienáveis, indisponíveis e imensuráveis. A perda da liberdade não somente aprisiona, mas envelhece e destrói o que você pensa a respeito dos homens, das coisas que o cercam, e o pior, não lhes permite atestar suas próprias convicções. Você passa a ser um à-toa, portanto, presa fácil de dominação. Ter vida vegetativa é bem melhor de que perder a liberdade de agir e pensar.
Mesmo não sendo preocupado com o conhecimento dos que já nasceram sabendo, dizem-se rogados de todos os gêneros, sempre respondo que meus artigos não são teses a serem defendidas e nem letras para serem admiradas, mas verdades minhas ou questionamentos para o mundo.
Discursar é mais fácil que agir, porém não cabem mais figuras de retóricas quando o assunto é público. Quando agimos em sintonia com o que pensamos há um casamento entre o que é ético e o que é moral.
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