Ah que saudade de ti!
Arari, ontem, hoje e sempre
Nem parece que ontem estava a pisar no teu chão
Hoje, dando sentido à minha imaginação
Corri ruas, olhei pessoas, conversei
Quando a saudade doeu, tergiversei
E versei poemas, versos, versarei
Ecos desse imenso amor em mim, em nós
Ah que saudade de ti
Há pouco estava em ti
E estou, estarei eternamente
Igual um semeador de sementes
Pois sou fruto de ti
‘Adocicadamente’ te amo
E doce igual suco de melancia
Pois amor em mim igual não há
Portanto eis uma saudade justificável
De alguém assim tão amável
Afável e cortês que gosta de saber as coisas de ti
Ao ponto de me declarar inteirinho por ti
Ah que saudade!
A que o melhor seria diminuir a minha idade
E me tornar menino outra vez
Pois já dou passos lentos…
Ainda ontem proseei, rir gargalhei
Fiz-me o circo, um palhaço no picadeiro do amor
e sair bem cedinho, escutando os passarinhos
Que mais pareciam se despedirem de mim
Molhados em gostas de começo de inverno
Então, dão asas a este velho coração
A sonhar, contar prosas, fazer poemas,
pois declarar-se não é pecado
O que me consta é a monta desse amor sem igual
Amor que estufa o meu peito, afia a minha garganta para gritar bem alto:
Arari, Arari eu te amo!
Nilson Ericeira
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