uns dos outros, por mais que aparentemos ser bem-sucedidos, em algum momento,
precisaremos ser ajudados por quem nem contávamos ou imaginávamos. É que costumo
afirmar que a vida é cíclica, não sei se me faço compreender.
Penso
ser normal as pessoas se juntarem para determinados fins lícitos, mas ao mesmo
tempo que não é suportável usarem de suas instituições para nos desunir, ou
mesmo não nos permitir convivência salutar. Ocorre que, em nome de uma ideologia,
de qualquer natureza, alimentamos e disseminamos ódio de uns contra ou outros.
Os motivos: os mais injustificáveis possíveis. O que importa é ser o que pensa
ser e seguir ao que um suposto ‘líder’ o faz seguir.
Ódio
disseminado em nome do Criador, um paradoxo abominável.
Infelizmente
o nosso tempo que poderia ser salutar para a boa convivência, tem sido, em
determinadas ocasiões e por certos meios, terreno fértil de proliferação de
insubordinação. O saldo da última disputa eleitoral em nosso terreiro é um
exemplo bem claro que, muitos de nós perdemos o senso do razoável respeito uns
pelos outros. Percebe-se, entretanto, outros agravantes, um deles
estabelecermos narrativas inverídicas ou mesmo reproduzi-las ou replicá-las em
nome de uma suposta ordem da qual acreditamos cegamente.
Viva
então a desordem, o que importa é que eu sou um dos que a patrocina.
Defendemos
teses das quais não sabemos os porquês delas mesmas e muito menos ainda os porquês
da nossa defesa veemente, o que importa é participar de algum modo, responder,
agredir, difamar, inventar e tentar convencer que a violência, inclusive a que se
distribui por meios digitais, tem justificativas coerentes!
As
janelas do mundo nos enlameiam mesmo em ondas eletromagnéticas. Se bem que
poderiam ser portas de oportunidades!
Alguns
de nós certamente contaremos que entramos numa ceara muito perigosa, a da total
ausência de empatia, amor ao próximo e respeito aos outros e nós mesmos. E,
ainda, alardeamos nossos feitos do jeito de competidores em finais de
campeonatos!
Tentei
aqui reproduzir, mesmo que de forma fragmentada, um pouco da percepção de meus
dias em que observo, leio, analiso e participo de uma sociedade cada vez mais
dissonante e desigual e menos harmônica, cujo resultado espelha-se no egoísmo
de cada um de nós.
É
eu há coisas que vemos e até sentimos, mas não fazemos questão de perceber.
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