Por Nilson Ericeira
A sociedade adoecida
Temos graves e sérios problemas de saúde pública, porém, não cabe aqui nesta opinião a ausência de estrutura física ou mesmo assistencialista, mas sobre maneira, a o debate sobre os problemas emocionais ou psicológicos por que passamos.
Acontece que se estabeleceu um debate infrutífero no Brasil com o pseudo nome de ‘debate político’. Tão óbvio quanto é evidente que não nos levará a absolutamente nada. Uma vez que travamos nossas preferências pelas pessoas e raramente pelas ideias e, quando pelas ideias, as mais estapafúrdias! Desse modo, fica muito claro que estamos carentes de amor ao próximo ou mesmo de empatia.
Mas se por um lado, o debate vazio esdrúxulo não nos serve para nada, alimenta bolhas que se fortalecem com a imbecilidade ou adoecimento de milhões de pessoas. E, quando chegam as eleições, depositamos a nossa revolta completa, elegemos então, as piores representações. Damos coro ao ódio, à violência, à discriminação e todo tipo de preconceito, o pior de todos: de nós conosco mesmos.
Como se tudo que passamos não bastasse, adoecemos emocionalmente sem pelo menos uma causa que valha a pena. Entramos num contexto de impaciência e intolerância por não suportarmos o outro, ainda que saibamos que o outro tem o livre direito de ser diferente. Assim tem aumentado consideravelmente a violência o que tem dificultado sobremaneira a nossa convivência em sociedade.
Penso que há determinado tipo de doença que somos nós mesmos as únicas pessoas capazes de curá-las, mas, para tanto, precisamos nos permitir.
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