Arari e os meus batimentos

Oh
minha cidade deixe-me viver!

Deixe-me
te ver

Permita-me
verter em teu sangue

E
te saborear nos dias da minha vida

Mesmo
que seja com letras tortas

 Mesmo que sem nexos

Indexo
meu coração no teu chão

Pois
o meu por ti deriva do meu coração

Oh
cidade dos poetas ilúcidos, tresloucados, mas amantes

Mais
amantes, pois de teu amor contagiante

Oh
gente da nossa Arari, que perece de políticas

Mas
que abunda em letras, versos, reversos de nós

Em
tuas veias corre o leito do nosso amor

E
como eu desejo passar naquele rio que passa, que desce e que sobe

E
vai desaguar em nós, no oceano de nossos amores

Arari
da gente, das coisas e dos poetas

Intelectuais
te exaltam nesse amor único

Eu
velejo nos teus mares,

no
teu céu e no teu infinito

Eu
só respiro os teus ares…

Ainda
bem que teus versos me dão asas

Assim
posso te desenhar na mesma forma do meu amor por ti

E
como o meu compasso, te desenho no meu coração

E
te dou os sois de que dispuser para alumiar a nossa gente

Dou-te
meu ser e estrelas só para te vigiar

E
me declarar: eu te amo Arari!

 Nilson
Ericeira