Na colheita…

Adubei meu coração

Fiz canteiros na esperança do amor

Esperei sois e chuvas

Fiz-me estações

Adubei meu ser completamente

Fiz-me sementes

E irriguei meu ser

Para te esperar em forma de semente

A semente do amor

Do ‘nosso amor’

Mas, por vezes, percebi solo árido

Inflexível a essência de quem ama

Novamente esperei o tempo

Olhei para o alto

Vi o sol a se despedi

Batia no espelho dos meus olhos

Em meio a uma lágrima que escapara

Era o fim do que não passou

Fez-se jardim nos dias da minha vida

E todos os dias exala em mim

Nilson Ericeira

(Robrielle)