
Adubei meu coração
Fiz canteiros na esperança do amor
Esperei sois e chuvas
Fiz-me estações
Adubei meu ser completamente
Fiz-me sementes
E irriguei meu ser
Para te esperar em forma de semente
A semente do amor
Do ‘nosso amor’
Mas, por vezes, percebi solo árido
Inflexível a essência de quem ama
Novamente esperei o tempo
Olhei para o alto
Vi o sol a se despedi
Batia no espelho dos meus olhos
Em meio a uma lágrima que escapara
Era o fim do que não passou
Fez-se jardim nos dias da minha vida
E todos os dias exala em mim
Nilson Ericeira
(Robrielle)
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