Uma conversa entre amigos ou quase um alerta!

Por Nilson Ericeira

Uma conversa de amigos ou quase um alerta

Não obstante a disputa eleitoral, uma administração não pode e não deve ser autofágica, no sentido em que seus próprios aliados e apoiadores ajam como se adversários fossem.

Uma gestão não governa apenas para os que votaram, nem mesmo a uma massa específica, mas governa para todos (Leia-se Princípios da Administração Pública). É bom lembrar que as regras que regem à Administração Pública não são feitas pela mídia social, embora alguns países já considerem muito do que dela advém, mas pela vontade soberana do povo, com etapas, ritos, princípios, as quais passam longe da compreensão de quem, nunca estudou nem se permitiu entendê-la, embora seja do mesmo modo e finalidade igualmente contemplada por eles.  

Bons consultores nem sempre estarão na mídia social, mas confidenciam aprendizados maturados na experiência da vida, na dedicação ao conhecimento e na sensibilidade que deve ter todo homem público.

Mas como pode alguém que não tem a procuração do povo intitular-se representante dele?

Assim a autofagia vai tomando o corpo público, que se pretende organizado, e o destrói sem que alguns percebam. Agindo como um câncer age. Com isso, é imperativo que as reais lideranças tomem pulso, não pela força, pelo fazer convencer e pela ordem moral e ética.

Todos podemos ter nossas opiniões, externá-las e, quanto mais persuasivos formos, torna-se muito melhor para a nossa vaidade e ego, porém é preciso saber discernir o que passa dos limites.

Gestão autofágica é aquela em que uns destroem os outros, mesmo intitulados de supostos objetivos comuns.

Caso, ande a carruagem se deixando desgovernar ou descarrilhar, não sobrará tempo para pô-la na ordem que o destina impera.

Algumas pessoas precisariam, principalmente porque se arvoram ‘amigas’ das autoridades, usar um pouco mais o juízo e racionalidade.