
Lágrimas nobres
Há lágrimas que não pedem permissão
Vazam inesperada e intempestivamente
Dão vazão ao que há no coração
Umas vezes é saudade
Outras são lembranças
Noutras eu não sei explicar
Pois coisas de amar
Descem suavemente no meu rosto
Tomam contam do meu ser
Remetem-se a lugares distante
A pessoas tão significantes
São lágrimas nobres
Assim, timidamente esvaindo-se
Nutrindo meu seu ser e de amor me invadindo
Lágrimas minhas, eu lhes peço
De outra vez se anunciem
Não umedeçam assim
Nilson Ericeira
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