Por Nilson Ericeira
Poeta, jornalista, professor, psicopedagogo e advogado
‘Ser pobre’ não é defeito!
Costumamos nos admirar com o aparente sucesso de algumas pessoas. Não à toa nos sentimos envergonhados por não termos o mesmo ‘êxito’ de alguns que, de forma dolosa, acumulam patrimônios…
Se é para medir a nossa vida social pelo capital, vamos medir ou aferir pela nossa dignidade, pois ser digno importa, embora passemos por determinados apertos que numa sociedade razoavelmente justa e reconhecedora de valores, certamente não passaríamos.
Mas esta é uma outra conversa que mais poderemos provocá-la.
De outro modo, não devemos nos admirar com as posses alheias, principalmente, quando sabemos que não emergiram de forma lícita, por vezes até criminosa.
É que alguns de nós temos o péssimos hábito de admirar quem nos rouba, nos nega direito ou mesmo a expectativas deste.
Escutei por muito anos, dos meus pais que ‘ser pobre não é defeito’ e que ser pobre não é sinônimo de sujeira. Aqui, em tempo de Internet e mídias sociais, fortalece-se mais ainda esta menção a nós mesmos.
Antes que alguém se afoite, digo-lhes que o termo pobreza não esta sendo usado no sentido figurativo, mas no sentido real das opressões que passamos pela exclusão social.
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