Pauta da minha vida na agenda antiga I

Saudade de um tempo

Agenda velha que me ajuda a rejuvenescer!

Que me alimenta e me dá vida

Que anotou em mim marcas do amor

Amores…

Que me fez um eterno acadêmico

Um aprediz…

Um caminheiro

Luz no meu candeeiro

Palestrante de sonhos

Traçador de trajetórias

Faminto insaciável

E visionário da justiça

Ah minha agenda, ainda com tantas páginas virgens

Desafia-me a rabiscar sonhos

E me inconformar e indignar

Igual escravo que repugna as chibatadas

Que tem ojeriza ao ódio

E falsa ‘paz ideológica’ das ‘madres igrejas’

Ou mesmo das retóricas enfeitdas

Ou de travestidos em ‘santo nome’

Mas mais sacanas que os de antes

Minha agenda, me és tão íntima quantos os meus sonhos

Ah os meus sonhos que as agruras da minha vida não podaram

Por isso sou asas, ou melhor, grifos!

Nilson Ericeira