Parcimônia de mim comigo mesmo

E um travesseiro silencioso

Desconforme com neurônios meus

Costelas feito dobradiças

Enquanto o doce amargo da vida me acelera

Silencia o ser na espera

Feito caçador que espera cria

Ou em víveres aleatórios

Enquanto o travesseiro ressona, adormece

Ser estéril, conflituoso, inquieto

É que no mundo do ego,

eu tenho sido o meu melhor confidente

Mesmo que abrase a dor

Logo dissimulo com analgésico imanente

Tomara então que não falte comigo

Pois de tudo que é prova e eu atesto

Se não fossem as minhas identidades

Personagens que me representam

Cada uma nas solenidades que melhor convier

Se já me falta paciência comigo mesmo

Meu outro ser, parcimônia

Nilson Ericeira