Enquanto o interior sangra
Pés descalços queimam na ‘terruada’
Fonte nova ou velha
Renasço em sonhos de menino
Correndo ruas
Pulando poças
Esticando linhas
Tecendo fios…
Puxando pipas
Papagaios no céu
Eu, menino,
Com os olhos na imensidão
Só amor no coração
Vestido de amor
Travestido em risos
Revestido em arco-íris
E ignora-se que já cresceu
Quisera podar as asas do tempo
Pois agora o menino não se ver mais nele
Uma vez que em conflito com os tempos
Por vezes de asas feridas
Em que o tempo lhe furtou a paquera
A preferida, querida, amada e bem-dita
E secou o peito
Turvou seus olhos
Embranqueceu cabelos
E secou a boca
Na visão, lágrimas teimosas
Apenas
Nilson Ericeira
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Um amor de uma nota só, nem notas
Ara ali em terra firme