O desnude do amor

Hoje
eu amanheci completamente emudecido.

Um
vazio tomou conta de mim,

pois
eu nem sei se estou aqui,

se
vivo ou se vegeto.

Minhas
vozes calaram

Ainda
assim, abasteceram meu coração que parecia não suportar.

Mas,
antes, resolvi derramar o amor que eu possuo por ti.

Desnudei
meu ser pra te dá amor.

O
meu amor.

Assim,
divaguei em sonhos e fantasias,

quase
não suportei a angústia de ausência tua.

E,
assim, vou me vestindo em letras de sentimentos meus.

E
me vestir da luz que esse amor me dá,

alentos
que eu me permito ter.

Aos
poucos fui me vestindo em pensamentos.

E,
então, percebi aos poucos que as palavras já fluíam

que
meu ser se revestia.

Me
recompus no amor que tenho no meu peito.

Num canteiro de flores e essências de mim
que te ofereço nos dias da minha vida.

E
fui vendo que o amor foi se diluindo em mim.

E
o tempo passante…

A
luz e o brio do amor em mim parecia um sol aceso.

Chama
de quem ama e que se completa no outro ser que ama.

E
nem precisei mais me desnudar para que o amor resplandecesse.

E
assim me vir completamente teu.

  Nilson
Ericeira