“Antes de julgar alguém, calce a sua sandália e ande uma milha”

Geralmente
não uso de recortes alheios para sustentar o meu
diálogo, ao tempo que posso usá-los o tempo inteiro. Neste caso, porém,
lancei mão da minha demorada leitura do livro ‘Mentes
Perigosas’,
emprestado por um amigo, e sem nenhuma vontade devolvê-lo, mas terei que
fazê-lo, pois esboça na segunda página, uma dedicatória de sua esposa.

Dada
à demora na leitura, não pelo enredo, mas por fórum próprio, entrarei no tema
de que me inquieta, não com a mínima pretensão de estancá-lo, mas de formar
alguma opinião, contrária que seja.

Vivemos
a julgar as pessoas e nos apressamos em condená-las. Parecemos ser uns seres
sem empatia. Volte e meia topamos com pessoas que nada sabem sobre aquele
assunto, mas o defende ‘até melhor que especialistas’! Mas estudar e aprender
exigem entre tantas coisas, renúncia e esmero, inclusive a exoneração ou
extirpação de maus hábitos. Falar do que se sabe não saber e até fazer
sustentação oral, na internet ou de qualquer meio, pode e deve gerar
consequências, principalmente quando causa a dor do outro de qualquer modo.

Em
tela principal é o que o outro faz, sem retrovisor e reflexos em si mesmo.
Assim é fácil, difícil é andar com o andor que o outro anda, neste caso não
precisaria quantificar o peso, mas apenas colocar a sandália do outro e
caminhar…

Quem
fala, escreve, publica, faz rodas de ‘amigos’ para tecer a vida alheia sem o
propósito de ajuda, mas apenas com o menu do dia, apressa-se em se preocupar
com os outros e deixa a sua vida à deriva.

Apressar-se
em condenar pode gerar injustiças e condena o julgador a sentença da injustiça.
E ser injusto, para quem tem consciência, dói na alma.