Em
vão caminhas.
Segues
nos torrões desta vida em sina.
Peço
que venhas me ensinar a não caminhar em sublevações.
Talvez
assim possa me deitar no teu peito e escutar o teu coração.
A
dizer-me talvez o que não desejei.
Não,
eu não desejei ouvir que deveria me desiludir.
Mas
assim, prefiro a ter que viver a me esconder do que sinto.
E
se disseres o que não quero ouvir.
Prefiro
mentir a meus apelos a continuar essa desilusão de amar.
Amar
a quem não quisera nem por alguns segundos.
Alguém
que meu peito prometera o amor maior do mundo.
Então,
recluso me encosto em escombros.
Para
sair desse casulo que eu mesmo construir
e
continuar a me iludir.
Ilusão
que é minha,
pos
depósito do meu coração.
Mas
eu ainda aspiro a que num sopro de razão,
apertes
as minhas mãos.
E
diga: eu te amo!
E
quando me olhares sorrindo,
derramando
risos incontidos de felicidade,
é
do meu amor por ti.
Então,
abraça-me como quem quer um abrigo,
uma
fonte de amor eterno.
É
que meus braços sedentos há muito te esperam.
Mas
se tudo isso é ilusão, eu sobrevivo apenas de devaneios e sonhos.
Eu
sei que isto não é muito para quem quer alimentar alma e o coração.
E
enfeitar o ser para receber amor.
Retiro-me
sem que a tua indiferença seja percebida.
Para
que o mundo não veja que meu amor se esvazia no coração.
E
numa solidão de fazer frio, sem abrigo e
sem
o calor que tanto espero.
Despeço-me
antes que de desilusão nova me acometas.
Ericeira
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