O
canto da noite é silêncio
Enche
e vaza
Na
mesma dimensão do meu coração
Mareja
água nos olhos
O
canto da noite canta
Produz
ecos em mim
Questiona,
inquire, incute…
Vai
buscar quem mora longe
Faz-me
menino
Corre
ruas
Produz
sons
E
silêncio
Silêncio
que fala
Dos
que dormem, acordam, sonâmbulos
O
silêncio da alma
O
canto da noite
O
canto que encanta
Sombrio,
o brio
Padece,
sobe e desce ruas
Dá
vertigens e
Vaga
feito vaga-lumes
Some
feito andorinhas
Voltam
feito verões
Colorem
em invernos outonos
É
primavera!
É
multicolorido
E
escuro, monocromático
É
o resto da tinta
A
lasca da vida
Enigmático
Pois
vive a se descobrir
Encobre-se
no peito paixões
Divaga,
alucinações…
O
canto da noite é o silêncio com ecos!
Ecos,
lugares, ares, mares…
É
tarde e cedo
É
começo de dia, fim de noite
É
a essência dela vindo pra mim
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