Minha cidade já se prepara pra dormir
O que antes era um só algodoal
Agora avenidas, com carros,
motocicletas, gentes passantes…
Antes por aqui se aboiava
Mas um médico dera lugar a este
espaço
Ainda deu tempo de me aplicar
penicilinas!
Pois na casa de um sapateiro pobre,
dois bruguelos ‘impaludaram’
Agora o povo parece o teria esquecido
Dos Silvas e Limas, gente culta
Tão importante pra gente
Que deveras história escrita
Eu, sujeito simples, junto fatos,
faço letras torta
Aliás, isso nem me importa
E segundo alguns poucos, que para mim
nada representam, um incompetente!
Nesta cidade que também corruptos
pare,
há gente de prole fértil
Da estirpe de João Lima, que dera
nome a uma Avenida nossa
Mas sem ela talvez nem letras
daríamos
Então esta menção honrosa, digo que não
há passarela
Pois as placas nos obrigam a cai fora
dela
E assim, gente humana perde a
condição, para ser suplantado pela publicidade
É, João, e agora!
Não dá pra ‘competir’ com esse
progresso demente
Somente a mim alude denunciar
Mesmo que já em terra firme, desta
cidade que Deus me deu para amar
Nilson Ericeira
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