Alguém como você!

Hoje
faz quatro anos que o meu irmão Paulo César Ericeira de Sousa faleceu. Era uma
pessoa de qualidades e defeitos da forma que todos nós somos.

Meu
amigo, embora alguns tentem misturar convicção política e ideológica com o amor
de irmãos.

Prefiro
alardear e lembrar as suas virtudes: inteligentíssimo, amigo dos seus amigos,
que amava e cuidava de nossos pais, que considerava e defendia as pessoas de
seu ciclo. Era Político e fazia Política partidá
ria todos os dias, poeta nato,
escritor e de um humorismo refinado.

Era
esta a parte que mais me divertia, chegamos até a fazer parceria.

Mas
o que mais PC Ericeira fazia era ajudar as pessoas, por ironia do destino,
poucas pessoas, que dão para contar nos dedos, com nomes e sobrenomes,
viraram-se contra ele (um típico vilipêndio). Porém, outras o enaltecem e
colocam as suas qualidades. O que certamente me faz muito bem e reabastece o
meu coração.

Por
ironia, ‘Ironia’ é um o único livro que publicara em vida, apesar de ter
material para vários, aspecto em que o nosso irmão Alyson Ericeira está
trabalhando para relançar ‘Ironia’.

Irônico
é quem se deixa levar pela ingratidão e ódio!

Mas
PC Ericeira tinha muitos amigos e era admirado por muita gente. No dia da sua
partida, conversou comigo ao telefone por duas vezes, numa delas para me
comunicar que viria a São Luís, com a finalidade de dá o último adeus a seu
primeiro chefe e professor, o igualmente querido e amado por todos nós, saudoso
Raimundo Ericeira, pessoa também de grande valor que o ensinou muito, com quem
trabalhara como estagiário. Logo depois, comunicou-me de que não viria mais,
por motivos que me revelara e que pouco demonstrava.

E
assim, na noite desse mesmo dia, veio à informação de ele teria falecido, no
que demorei a acreditar, mas logo me trabalhei para enfrentar a dor e a
saudade, sentimentos que dissimulo todos os dias.

Logo
depois, tivemos mais duas baixas, da minha irmã Terezinha Ericeira (minha
querida irmã Têca – a minha confidente!) e de meu pai Clecy (meu amor mais
lúcido e referencial de dignidade!). Mas afirmo que a nossa vida não é uma catástrofe
e muito menos um desalento, mas de vitórias, pois compreendemos os desígnios de
Deus.

É
assim que eu enfrento…

Agora
mesmo não suporto mais escrever, a emoção e as lágrimas me tomaram. E é por
esta e outras razões não tenho escrito com frequência sobre este momento tão
difícil para a nossa família.

Obrigado
a todos que nos consideram: cumprimentam-me e enfatizam a memória de Paulo
César com muito respeito e enaltecem seus feitos pela a nossa amada e querida
Arari.

É
disto que me alegro!