Adeus a José Fernandes – O Zé de todos nós!

 

Canto de amor telúrico

Arari, ara ali, 
Pois agora chora e sangra a tua terra amada
Que descreveste tão bem como ninguém
Escreveste como alguém, assim: um filho amado
Que brotou das entranhas dela, um ser cognoscente
Ciente do amor que tinhas
Tão consciente, que descreveu sua gente
E coisas, em cordéis, ou em versos
Crônicas da vida
Teus irmãos, em ti se espelham
Pois um imortal, com pegadas eternas
Entre nós, não há caminhos que trilhemos
Que não sigamos por tuas veredas,
em letras de um gênio, de um sábio

de um filho, de um irmão…

Por ti, só, sós…
Só sentimos orgulho de ser nosso irmão
Da mesma veia, do mesmo chão
Agora sangra os nosso corações,
mas aqui da terra que amavas
Que tão grande era o teu amor
que de tudo fez letras, sapiências de ti
Por ter um filho assim, ai de ti
Arari pois só pode muito se orgulhar
da mesma forma que te reconhecemos,
O nosso Pai, lá de cima vai te abrigar
Nilson Ericeira