Um
informante…
Deixou
pegadas por onde passou
Imaginou
subir e fazer morada com as estrelas
Seduziu,
persuadiu, ofuscou…
Andou
sem olhar para trás
Descansou
nos últimos dias
Fez-me
homem e mulher
Entendeu
os diferentes
Buscou
igualdade nas diferenças
Morreu,
renasceu, brotou, encolheu, secou, morreu
Esvaiu-se
no vento
Com
o tempo bom, voltou
Chorou,
sorriu, correu, definhou
Escondeu-se,
ouviu barulhos
Fez-se
camuflar
Deixou-se
ser pedra
Virou
rocha
Separou
os escombros humanos
Gritou
olha o jornal, olha o jornal
E
fez da última manchete a primeira
Deu
aulas, escutou, aprendeu, silenciou
Denunciou
malfazejos públicos
Criou
animosidades, cresceu, chegou à idade
Foi
vítima de maldades dos bons
Das
piores que existe: a falsidade
Rejeitou
esses abraços de ferro e ferradura
Ainda
assim, anunciou o Amor
Cortou
os pés com uruás
Pegou
corimatá
E
viu socó cantar
Escorregou,
deslizou, labuzou…
Gritou
olha a maré! Olha a maré!
Mas
nunca perdeu a fé
Deixou
pecadas, marcas da vida
Chorou
na despedida inesperada
Gritou
por sua amada
E
foi…
Ericeira
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