Senhor edil ou mercena

Passo
para lhe solicitar uma ajuda

Mas
caso o consorte não possa

Assim
mesmo o servirei sempre

Pois
sou servo

E
sei da sua fidalguia

Lembrando-lhes
que aqui todos estão bem


pra ter uma ideia, o mais novo já tem dois anos e alguns meses

Desde
a última vez que você nos visitou

A
mais velha continua na mesma seção

A
do meio bate os pés de alegria só de lembrar de você

Eles
lhes acusam da ausência

Mas
eu os defendo

Afinal,
somos do mesmo lado

Senhor
edil, espero que nunca me despreze

E,
que, quando vier aqui lembre que sou carente

Que
aspiro a tudo, não há mais nem poeira

Pois
a fome dói

Não
mais que V. Sa., pois a sua gula é maior

E
como não sou um ingrato

Um
mercena!

Desculpe-me
por gastar linhas

Ah,
guarde o seu prestígio bem guardadinho

Com
igual empolgação, logo está em palácios

Afinal
somos bem representados

Quanto
ao resto, nem ligue

Coisas
da juventude

Um
aceno, um afago, uma bandeira, uns batuques…

Uma
cana, uma passeata, uns paepéis

Logo
a paz reinará aqui

E,
você?

Você
é o máximo!

   Nilson
Ericeira