A
tarrafa, o côfo, a linha
O
caniço, o chumbo e o tempo
A
malha, a agulha, a canôa
O
porto, o caminho e o rio
Mearei
de amor em tempo inteiro
Meu
velho no comando
Puxa
água, mete remo
Maré
já anuncia
Mururu
passante
Dali
o poeta contempla a flor
Mais
linda nunca vi
Assanhava-se
na beira do rio…
O
olhar, o insinuante, o invisível
Os
dizeres introspectivos
Carências
À
pescaria no meio do Mearim
Seguem…
O
tempo fecha
A
água na canôa velha pesada como um cavalo
Esgota,
puxa água e mete remo
Meninos,
franzinos, valentes
À
flor ficou, eternizou, criou raízes
A
pescaria se fez, refez, está
Em
maré baixa ou maré cheia
Sempre
ei de amar
Mesmo
que já em pré-a-mar
Ericeira
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