Havia uns bentivis
Uns colibris, muitas flores, cores…
Sabores…
Bentivi!
Bem que eu te vi
Disfarçando não me ver
Com um ar de querer, de desejos e de encantos
Agora há outros que, de galho em galho
Despertam-me com saudade de alguém
As rolinhas, que tão ansiosamente o esperavam
Os colibris se mudaram
Mudaram as minhas estações
Agora, confundo com as andorinhas
Elas insinuam pousar…
Cambalhotas no ar
A gargalhar do expecta-dor
Os beija-flores sumiram
Logo eles que, em pino, ensaiavam
O poeta com sua máquina a flertar
E o passarinho o néctar a tirar
Agora, vejo só as imagens de outrora
A voz de outras horas
E um silêncio em meio á cantoria
Vi vivim chorar
Com uma imensa saudade a degustar
Mas ainda assim eu sei que as flores te chamam
Que pessoas te amam
Pois vivem de histórias tuas a contar
E o colibri de asas no ar com uma saudade de não suportar
Ainda hoje, no nosso quintal, eu os vi me espiando
Mas desconfiados de que não eras tu
Trataram de rumar…
E voar, e revoar…
Com a dor da saudade no nosso peito a apertar
·
Este poema é dedicado aos meus dois irmãos que
Deus levou para morarem no céu.
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