Elos,
correntes, amor…
Hoje
eu me julguei tão pequeno e incapaz
Incapaz
de me ver no espelho,
de
escutar a minha própria voz
Pois
sou tão pequeno e não sei viver sozinho
Procuro
pessoas que me abracem e de mim façam questão
Assim
anuncio no meu coração que amo o meu irmão
E
quero entrelaçar as minhas mãos e dizer que te amo
Procuro-te
e te chamo mesmo que em silêncio
Mas
sei nem sempre me escutas e,
então,
sigo na minha procura quase em vão
Pois
negar aquilo que se tem é ofuscar sentimentos
Não
regar as sementes que há muito em maturação
É
destituir-se do amor, optar pela dor e viver de ilusão
Por
isso eu te peço, não demores, venhas logo me abraçar
E
demonstrar assim que me ama e que comigo outras sementes brotarão
O
amor não se perde, compõe-se e toda estação
Então,
venha entrelaçar nos meus abraços e não me negues abraços
Pois
preciso fortalecer correntes no meu coração
Ericeira
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