Elos, correntes, amor…

 Elos,
correntes, amor…

Hoje
eu me julguei tão pequeno e incapaz

Incapaz
de me ver no espelho,

de
escutar a minha própria voz

Pois
sou tão pequeno e não sei viver sozinho

Procuro
pessoas que me abracem e de mim façam questão

Assim
anuncio no meu coração que amo o meu irmão

E
quero entrelaçar as minhas mãos e dizer que te amo

Procuro-te
e te chamo mesmo que em silêncio

Mas
sei nem sempre me escutas e,

então,
sigo na minha procura quase em vão

Pois
negar aquilo que se tem é ofuscar sentimentos

Não
regar as sementes que há muito em maturação

É
destituir-se do amor, optar pela dor e viver de ilusão

Por
isso eu te peço, não demores, venhas logo me abraçar

E
demonstrar assim que me ama e que comigo outras sementes brotarão

O
amor não se perde, compõe-se e toda estação

Então,
venha entrelaçar nos meus abraços e não me negues abraços

Pois
preciso fortalecer correntes no meu coração

 Nilson
Ericeira