Todos
temos coisas que só dizemos só para nós mesmos
E
não é por omissão, mas para não trair coração
E
ai de quem se atreva a se intrometer
Corta-se
o diálogo introspectivo
É
que vivemos a nos confidenciar
Guardamos
tão secretamente nossas coisas de amar
O
tempo passa, mas testemunha que é, logo vai e vem
Igual
o banzeiro do mar
Mas
quando guardamos nossos sentimentos tão completamente
Por
vezes gera dor ardente, lá dentro da fonte de amar
E
olha, mesmo em silêncio, nem sempre disfarçamos
Calamos,
silenciamos, guardamos…
E
continuamos a dizer coisas que para outros não se diz
É
a negação do amor lá na raiz!
O
certo é que somos uma fábrica de versos
Versamos
o que falamos e o que omitimos
Por
vezes, até admitimos
Mas
só para nós mesmos, avessos que somos a dizer o que é nosso
Pois
até para ter a posse do que já temos,
por
vezes, o silêncio faz bem
Porém,
outra vezes nos enche até transbordar
Alaga
nosso ser e sentimos que toca a nossa alma
Por
isso eu vivo a omitir versos
Uns
eu guardo comigo, outros em fonte
E,
assim, pretendo fazer do amor meu código
Mas
sempre te guardando em mim
Se
silenciar, lembre-se que és a minha voz
Se
gritar, o meu eco
Eu
te amo!
Nilson
Ericeira
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