José
Maria Costa
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11/04/2022
RECIFE
– 10 de Abril de 2022
Texto
de: José Maria Costa
Elogio
de Posse na Academia Arariense de Letras Artes e Ciências ao maestro Cosme
Silva.
Ely
Cruz. Nhen Rodrigues. Nilson Ericeira. Marise Ericeira. Fortunato Martins.
Maria Rodrigues. Maria Alice Bezerra.
1.
Estive em 02/04 ( um dia de sábado) na nossa deslumbrante cidade de Arari, ‘ o
Portal das Águas do Mearim’ na festa de posse do Escritor Raphael Coutinho que
empossou-se na Cadeira de nº 19
patronados pelo Professor José Pestana. Mas fundada pelo seu tio
Anastácio Dutra, e do maestro e regente,
Raimundo Cosme da Silva Filho, ( a quem vou atentar-me e doravante
tratá-lo de Cosme e Silva ) que assumiu a Cadeira nº 15 Patronada pelo nosso
Zezeca Perone na Academia Arariense de Letras Artes e Ciências… e que
dedicou todo o cerimonial daquela noite
a vossa mãe a sra Maria José Sousa Silva, que mora no céu desde o ano de 2020,
e cá deixou 04 descendentes ( o maestro Cosme e Silva, Ana Alice, Di Fá e Edson
) é essa prole que com garbo e honradez ilumina a trajetória dessa mãe
inesquecível e memorável.
É
um contentamento para quem é de Arari e toca um instrumento musical.
Quero
REGISTRAR aqui, que para a nossa alegria, para a nossa satisfação, e fazendo
jus que Arari produz uma cultura prazerosa, fascinante, impressionante, quer
seja na literatura, na pintura …enfim, na arte em geral, e aí eu quero destacar
a parte musical.
Durante
toda a sessão da Academia Arariense de Letras Artes e Ciências, quando houve a
necessidade de executar uma música, essa música, foi de um autor arariense, de
um filho de Arari. Só para lembrar, apenas uma música durante a sessão não foi
de um arariense. O então empossado escritor Raphael Coutinho durante o vosso
discurso de posse, sugeriu que fosse executada a música ‘ Sentimental Demais ‘
do Evaldo Gouveia e do Jair Amorim; uma homenagem à memória do vosso tio
Anastácio ( fundador da cadeira 19, como escrevi acima) que a escutava muito na
interpretação de voz do cantor Altemar Dutra, que a gravou em 1965 e desde lá é
sucesso até os dias atuais.
Faço
aqui este parêntese, para dizer que; se não fosse esse pedido especial, essa
homenagem especial, essa homenagem íntima de sentimentos barra saudades, e com
toda justiça e razão, todas as execuções músicais seriam 100% de ararienses.
Isso
nos causa essa formatação de prazer e satisfação, que massageia o ego cultural,
nos transporta para uma emoção agradável
e nos conduz para um exercício harmonioso de contentamento.
2.
Tive a honra de vê e ouvir ser executada sob a regência do capitão da Banda do
Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão , maestro Neliomar, uma composição
musical deste que vos escreve, ( Raimundo Cosme da Silva Filho, Meu Maestro no
Sarau) e que serviu de tema no momento
da tragetoria para tomamento de posse do Cosme da Silva. E ouvi passar
entusiasticamente todos os sons de danairosos conterrâneos.
3.
Assim passaram naquela noite canções dos ararienses: BIGODINHO, ELY CRUZ, NHEN
RODRIGUES, ANA SILVIA SOUZA, ANDRESSA, que cantou uma música do PEDRO NETO, e
fico nestes, e que todos os demais encontrem-se aqui representados.
Maestro,
regente, estudioso da música Instrumental, é salutar que Cosme e Silva, se faça
compuser nesse quadro seletivo de intelectuais do Arari.
A
Academia precisa da experiência cultural, do Saber, e da personalidade reta sem
nódoas e singular, de Cosme e Silva.
3.1
A
chegada do Maestro junto a esta plêiade, é a certeza que em todas as sessões haverá composição musical arariense em
exibição.
Este
que vos escreve esteve reunido pessoalmente com o Presidente desta Acadêmia em
solicitação para que haja mais espaço musical aos nossos compositores
ararienses, cantores e instrumentistas. Com o próprio maestro Cosme e Silva, me
reuni, tenho me reunido virtualmente com a mesma argumentação para que este
abrace mais esta causa que não é minha, mas do Arari cultura própria e plena.
Aproveito
aqui o espaço da memória para citar o
escritor mineiro Dimas Lamounier, que diz em sua obra ‘ Chico Com todas as letras;’
“
Não há Academia sem pessoas vivas, sem gente e sem partícipes “.
A
classe artística do Arari ( aqueles que tocam um instrumento musical, aqueles
que interpretam músicas, aqueles que escrevem músicas, os que fazem e leem
partituras, os arranjadores, etc etc ) precisam aplaudir a chegada de Cosme
Silva à Academia, porque com ele adentra
a oportunidade de exibição do trabalho do artista do Arari, do filho da
terra, sem que o vosso talento artístico seja violado, alterado, enfeitado ou
manuseado de maneira que não seja aquele do nascedouro, da sua origem e do seu
princípio.
Homem
do mundo instrumental, um abnegado oriundo da Escola Carlos Gomes, aqui é o
representante legítimo dos maestros José Martins, Bina Figueredo, Carrinho
Martins, seu Monção e principalmente de Brandt e Silva, fundador da Carlos
Gomes, um homem que esteve a anos luz à frente do seu tempo.
Cosme
e Silva chega à Academia Arariense de Letras Artes e Ciências com a magnitude
da simplicidade e da transparência, ferramentas
maior dos homens sábios.
Neste
momento aplaudimos a música. A música do Arari. Seus compassos, suas cifras,
seus ritmos, seus arranjos, enfim, aplaudimos a oportunidade de oportunizar que
a música se faça compor nesta Casa do Saber ao lado de médicos, jornalistas,
educadores, pintores, advogados, etc etc, num espaço que há muito estava
reservado a si.
E
aqui aproveito para fazer uma citação do cantor Milton Nascimento e do poeta
mineiro Fernando Brandt na canção; Nos Bailes da Vida, que diz “ todo artista
tem que ir aonde o povo está “,
Cosme
e Silva, hoje o artista é Vossa Excelência.
Profissional
inquieto, nunca ficou na janela do tempo esperando que navegasse à brisa, isto
posto, ao deixar atividades nas fileiras do Exército Brasileiro, retorna à sua
Arari para transmitir à crianças e adolescentes ritmo rítmicas e sons, quando
aceitando um convite do Diretor do tradicional Colégio Arariense,
professor EDNALDO LOPES, que fundou a
Escola de Música Raimundo Cosme da Silva Filho, para iniciação musical
infanto/adolescentes e a Banda Brandt e Silva a qual passou a regê-lá.
E
assim segue com a vossa batuta, porque na vida há páginas que faz-se necessário
serem preenchidas com o contraditório. Portanto nunca omitiu-se das suas
opiniões políticas-sociais, quer agrade, quer não agrade o ouvinte.
E
neste sábado ( 02/04) de cores de Abril festivo, a Academia Arariense recebe um
Cidadão nativo de um pedaço de chão, que para ele o certo, é o certo, e o
errado é o errado, e para a retidão não há brevidades.
Aplaudimos
a vossa trajetória plena, de moral imaculada, com aprendizado de quem teve
Brandt e Silva como mestre, ou até o João Carlos de Nazaré na outrora Escola
Técnica Federal do Maranhão, onde naquele tempo só compunha as suas fileiras:
os bons, os diferenciados.
Menino
Ouro Branco, com Nhen, Werbeth, Carlito de Salvador, Heider, Hilton Mendonça,
essa rapaziada toda de encontros entre o Ginásio Arariense e a Quadra do Padre
em tardes de domingos glamurosos.
Com
mais aplausos ou com menos aplausos.
É
a infância, é a adolescência.
Privilegiado,
talvez a única criança arariense a assistir a final do Campeonato
Intermunicipal de dentro do Estádio Nhozinho Santos, entre a Seleção de Futebol
de Arari e a seleção da cidade de Viana em 1966.
Relato
esse pedaço da vossa infância/adolescência para expor esse lado da vida onde
sonhos e magias caminham numa paralela de oportunidades onde mais ali, mais
acolá, nos abraçamos com risos de alegrias e entretenimentos de alma.
Cosme
Silva, neste pedaço de chão brasileiro, nessa Casa ( ALAC), hoje a Música
Instrumental é Vossa Excelência.
Muito
obrigado
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