As dez coisas que um governante sabe ou deveria saber

Nomeei de minha própria
lavra ‘espiritual’, dez itens, que esticados valem muito mais, para uma pequena
reflexão sobre o que vejo, percebo e sinto.

Em nada me direciona a
alguém em específico, mas penso que os nossos governantes têm faltado com o
nosso povo.

A pandemia nos tem causado
muita dor e distanciamento
, por vezes esse distanciamento é eterno, mas não nos
deve servir de desculpa para escamotearmos ou mesmo escondermos a nossa realidade.

Em determinadas áreas das
quais enfatizo, não sou especialista, mas como todo o cidadão que tenta
interagir ao máximo com o mundo, ou melhor, mundos a que pertenço, estabeleço
algumas reflexões que podem ser aproveitadas no todo, em parte ou mesmo em
nada.

1 – Que deveria sempre
haver um diálogo permanente entre os entes, não apenas por conveniência de um e
de outro;

2 – Que deveria planejar a
gestão para o período estabelecido em lei e não apenas para quando se aproximam
as eleições;

3 – Que é preciso manter a
base coesa, mantendo relações institucionais e políticas, do mesmo modo que
quando eram apenas um pretenso candidatos;

4 – Conhecer e fazer valer
a existência real da figura jurídica do ente federativo sob a sua
responsabilidade, pois logo assimilariam (porque saber até sabem) que as
pessoas moram nos municípios e, com essa certeza, estabeleceriam uma relação direta
com os munícipes que são, na realidade, que constituem o Estado e a Nação;

5 – Governar de fato para
todos, independentemente de convicções ideológicas convergentes ou divergentes
as suas (isto radicalmente não pode e não deve ser só nos discursos);

6 – Ir com constância aos
municípios e bairros, não apenas em campanhas eleitorais ou por ocasião do
aniversário dos entes federados, assim poderiam construir uma pauta de trabalho
interativa e de cooperação com os gestores locais;

7 – Aprofundar o estudo e o
conhecimento das demandas locais e viabilizar Políticas Públicas integradas (em
atendimento ao art. 6º da Carta Magna) nas áreas essenciais, tais como
educação, saúde, emprego, geração de renda, segurança pública, moradia e
outras;

8 – Instituir bancos do
povo ou similar para emprestar ou consignar recursos para a produção e o
comércio de cada região;

9 – Instituir programas
culturais permanentes para a fomentação da cultura do Estado, valorizando os
fazedores de cultura no seu local de origem e despertando para outras
possibilidades de manifestação e produção cultural;

10 – Diagnosticar cada região
do Estado, ainda por meio de um estudo aprofundado, com especialistas em cada
área, para viabilizar o desenvolvimento do Estado.

Assim, talvez, poderiam
diminuir a pressa e o afobamento’ que as campanhas e iminentes eleições
provocam. E quando retornassem àqueles locais, o povo poderia compreender que
ali se apresentaria um parceiro e não um governante relâmpago.