O semeio

Antes
adubei meu coração

Fiz
coivara, abrir covas em mim

Preparei-me
para ventos e tempos

Esperei
chuvas e coisas

Encostei-me
na minha própria sombra

Esperei
pacientemente a fertilização do chão

Vi
brotar do meu coração a semente do amor

Deliciei-me
com os frutos

E
maturei em mimo amor

Após
saírem as primeiras flores

Essências
tuas no meu coração

E
assim, fiz-me no ciclo da vida

Preparando
o terreno

Esperando
o tempo mudar

Para
que sempre nesta vida eu possa te amar

Então,
guardei sementes

E
virei um sementeiro da vida

Sempre
e em todas as estações

Pronto
para te dá o melhor de mim

E
o meu amor

Embora
que, em representações simbólicas

Ou
numa simbiose, sempre regarei o teu ser

E
se preciso for a cultivar o chão

Como
se fora nova vida no meu coração


Nilson
Ericeira