Flor Menina

Ainda flor menina e com espinhos.

Conheceu o que ninguém quis
ensinar.

Ainda flor, floresceu entre os
iguais.

Desprezou canteiros e jardins.

Não se permitiu amar.

E não regou amor…

 

Mas num dia sombrio.

Calmamente, lentamente murchou em
mim.

Restou: solidão.

 

O que era essência.

Agora a antiga flor.

Uma flor de espinhos.

Angústia, apenas…

E nem mais cabe neste canteiro de
ilusões.

 

Nilson Ericeira