Entre a ficção e a solidão

Como vais

Onde
estás

O que
fazes

Com quem
andas

Diga-me
como está a tua vida

Pois tempo
que não ouço a tua voz

Nenhum
um sinal de ti

Nem
mesmo o silêncio me diz como estás

Então, fico
a montar cenários

Crio
mundos…

Luto com
o meu imaginário

Sei que
apesar da ficção,

só estás
no meu coração

Não sei
o que passas e por onde passas

E
sozinho, sou passarinho na imensidão…

Sinto
taquicardias no meu coração

Gostaria
de saber com vais

Por onde
andas e o que sentes

Mas sei
que é coisa de quem ama

Ainda
assim, eu queria só saber de ti

Pois me
preparei para te receber

E nas cenas
principais, contracenamos

Mesmo
sabendo do que é um sonho

Alimentei-me
de ilusões e devaneios

E te esperei
nos caminhos que eu mesmo fiz

Coadjuvante
do que produzo

Criei
céus e tempos…

Então,
idealizei um mundo onde a tua maior distância é no meu coração

 Nilson
Ericeira