Devaneio II

 Sensíveis
gestos do meu amor

E por
que derivas de mim

Assim me
conduzirei até o fim

Mas que
bobagem, fim não há

O que há
e sempre haverá e o amor se renovando

Enquanto
no meu quarto vazio, esticada baladeira me espera

Produzo
sonhos em cifras digitais

E sonho

De me
socorrer desde afogadilho de saudades

De um
amor antes calejado, agora desorientado

Refazendo
letras e sonhos, pondo cenas onde há muito a luz já apagou

Por isso
eu vou escorrendo meu corpo em suor frio mesmo que força não tenha

Mas ainda
assim, minhas ‘vêias’ teimam em correr

Acho que
procuram o melhor caminho para me oxigenar

Mas sabem
que os meus devaneios são frutos de desilusão crescente

Algo
feito maré cheia e noite de lua

O que
mais parece é que no fundo me vejo refletido em mim mesmo

 Nilson
Ericeira