Arari nossa Terra amada

Comprazo-me de amor por ti


Abasteço-me de ti desde as minhas ‘veias’
Adocico-me com teu doce e néctar
Dou-me em sobrevida para te amar para sempre
E eternamente…
Enfeito-me para te deixar passar em mim
Excito-me com o teu frescor e gostos
E por fazeres dos meus dias, dias de cumplicidade e
permissão

Deixo-me alegrar meu coração, ser e alma
E me banho do teu amor todos os dias
Pois assim é que passo a vida
Escrevendo poemas que de ti derivam
Reconhecendo a tua gente,
teus filhos que no teu berço criaste
Minha terra
amada e bendita és tu

Que te enfeitas com flores de mururu
Que te deixas alagar com águas do Mearim
E que mesmo assim divide e multiplica o teu amor em
mim

Aliás, tu és as nossas gerações e nossas vozes
Tu és o nosso soar e multiplicar
Com todos de tua prole: filhos, netos e avós…
Só me vejo velejando em sonhos para dentro de ti
Saindo pelas mesmas ruas e caminhos…
Correndo gritando, pulando e alegrando-me
Admirando-me pelo que nos representa
E de tudo, ao teu ser-pertencer e do teu amor,
viver

Oh minha terra amada!

Meu amor, meu canto e encanto
Meu alvorecer, entardecer, viver e caminhar
Pois és o meu paraíso pretendido
De onde emergir e para onde quero voltar

 

 Nilson
Ericeira