A ética inversa!

Quantas pessoas se foram

E daí!

E daí que a negação da vida levou
mais de meio milhão de pessoas à morte

Algumas pessoas são pior do que vírus

Pois os vírus matam

Alguns homens permitem a morte

Negam a vida, mas antes negam a
ciência, a educação e a Política

Muitos agora silenciam em túmulos ou
em valas comuns

Ah que ares nos faltaram

Asfixia!

Ar rarefeito!

Sinto o odor putrefàtico de suas
bocas imundas

Outros preferem impropérios

Pobres homens, umas pestes vivas

Ainda assim, vangloriam-se de ter
tomado as providências

Quais?

Da protelação da tomada de
providências

Do insulto a pessoas de mais idade

Como se fossem descartes

Donos de evasivas em currais de
improviso

Quanta besteira, raros aplausos!

Ou da especulação de preços ou sobre preços

Agora vamos às ruas simbolizar a paz
com armas!

Paradoxal é creditar a Deus as ordens
de demônios

Resta-nos subir ao púlpito

e dá graças

E logo nos aliamos aos dono da
verdade

Da verdade protecionista

em que uns, perfeitos

Outros, endemoninhados


Nilson Ericeira