O alcance das mãos…

O alcance das mãos…

Por que deverei negar a mim mesmo,

se é a ti que amo?

Se meu coração te chama

Até clama

Pode ser em versos que eu te mande meu grito

Porém não me imito

Pois todos os dias ecos diversos em mim

Feitos só para me anunciar

O quanto te amo, amei, amarei

Mas pode ser que meu ser não te alcance

Meu versos sim, pois são asas

Asas que te buscam em qualquer lugar

É o feito da minha imaginação

Te ponho então assim para sempre no meu coração

Pode até ser que meus braços não te abracem

Mas meus pensamentos te fazem enlaces em mim

Pois construo mundos e cenários

E estou em lugares imaginários

Construindo meus próprios sonhos

É que o meu ser-matéria é só frustrações

O outro, o de asas, passarinhos que te dão festas

Abrem-se em primaveras

Mudam de estações

E te cobrem de essências

Pois tenho feito da minha vida uma homenagem a ti

Só…

E, no outro dia, eu sozinho

Feito pássaro sem ninho

Ainda bem sou um ser mutante

E, por um instante, novas asas,

outros voos…

Nilson Ericeira