Que voa alto
Ainda em penugens vai buscar quem mora longe
Ainda se alimentando pelo bico
Cria cenários seus até o infinito
Busca-te como coadjuvante de seus sonhos
E idealiza, produz, reproduz o amor e companhia
Assim, empluma-se a minha águia
Coloca-se bloco a bloco a sua moradia
E faz do mundo um dos céus de buscas
É que fez-se primeiro nos olhos e coração
Como se enxergar-se com suas asas
Ainda pequena experimenta os primeiros voos
E te oferece o primeiro revoar
Como que sonda o teu amor!
Então, tornou-se grande e voou por muitos lugares
Beliscando o céu de sonhos outros
Sem nunca se desfazer dos seus
O voo livre da águia não tem limites
Portanto, voa ao teu encontro
E busca-te mesmo sabendo onde estás
Assim, com assas grossas e plumas cheias
Voou…
Mas o seu melhor voo foi para dentro de si mesma
Reconstruindo sonhos e renovando esperanças
Como algo que grita no peito
Voou, ou melhor, ecoou..
Ou melhor, escutou seu grito
Eu te amo!
Nilson Ericeira
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