Quando o barco alaga, a bússola, a biruta, o freio falham em atos intempestivos, comportamentos e falas descabidas e ofensivas à maioria. O silêncio das vítimas, o sofrimento dos incautos, a negação de direitos e o descompromisso com a ‘coisa’ pública, uma síntese do que sofremos, do tanto que resignamos…
Mas se perguntássemos a nós próprios qual o limite da hipocrisia? Certamente não saberíamos dimensioná-la, pois a hipocrisia não tem limites.
O que os pobres passam ano a ano antes das eleições não condiz com as ofertas que lhes são oferecidas na proximidade dela, pois não devemos duvidar de que até milagres acontecem e o mundo passa a ser mágico. Para tanto, basta que apoiemos estes ou aqueles e logo desembarcaremos no novo torrão fértil onde tudo que se planta dá. Até mesmo, esta miragem, acontece com que já está no poder, pois haverá um novo colorido em suas indumentárias. E nada do que foi será!
Peço desculpas a quantos alcance com esta escrita, pois até os ‘intelectuais’ embarcam na pequenez do discurso fácil, barato e nada promissor. A aparente indiferença ao que realmente acontece é uma espécie de salvo conduto, mesmo que estejam lá com eles, assistindo de camarote aos desmandos. Talvez por isso a ceia não chegue a todos, mas à diversão na casa grande.
Então surgira uma salvador da pátria! Muito mais que isso, um novo sendo velho conhecido, um velho sendo velhaco, o bom sendo maldoso, o acessível e habilidoso sendo egoísta, o sagrado disseminando o ódio…
Isto é mais que um paradoxo.
Não há nada mais sórdido de que usar o nome de Deus em vão para justificar trapaças, traquinagens, lavagem de espírito ou purificação da alma e, ainda, pôr na prateleira a salvação.
Talvez eu seja um incrédulo, então a culpa é minha, só minha!
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Velejar…