Bendita sejas tu que floresce no meio
do meu coração
E que parte e reparte meu ser assim
tão completamente
Bendita flor que faz ciclo na minha
vida
Que dá voz e vida ao meu coração
És única e primeira e está em todas
as estações
Que irriga meu ser com lágrimas de
saudade
Que aduba meu ser com essências do
bem
Que existe em mim e que mora perto e
longe
E que vai te buscar alhures…
Bendita floração contida neste
coração parido de amor
És a flor do amor que me dá
existência e sobrevida
Que busca guarida e me oferta
E me faz viver e reviver tantas
ilusões
E poeta que finge não sentir não é
apenas um fingidor
Ao se acostumar com a dor, vive a bem
dizer,
mas sente um ardor que sai das
entranhas
E logo fica a recitar temas do mundo,
os criados e os por vir
É certo que noutros dias e em outras
estações,
Estarás igual a semente em maturação,
daquelas que esperam o tempo que for
para anunciar o amor no coração
Nilson Ericeira
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