Série –
para não deixar de escrever
Contos do
caminho…
vida nos leva a vários caminhos. Isto nos é mostrado a todo o momento. Quantas
vezes precisamos refletir sobre os caminhos por que percorremos! Mas o bom da
caminhada é seguir sem pisar, maltratar ou mesmo ferir as pessoas que nos
acompanham, ou que, por um motivo ou outro, adentrem por outros caminhos. Ser
leal, honesto e justo traz conforto para a nossa consciência, harmonia para o
nosso corpo e leveza para a nossa alma.
Como
deve ser ruim o trauma de consciência e saber que do sucesso próprio resultou a
degradação de outras pessoas. Sempre afirmo e reafirmo que a nossa consciência
deve ser o nosso tribunal e a nossa conduta o nosso melhor retrato. E aí surgem
indagações precisas, será que alguém pode viver tranquilo quando causou
prejuízo, pré-julgamentos ou, de alguma forma, contribuiu para o insucesso de
outra pessoa? Pois parar no meio do caminho por conta própria é uma coisa, a
outra é parar por obstáculos postos maldosamente.
Na
nossa vida social, deveremos enfrentar várias situações, pois encontramos
pessoas boas ou ruins, honestas ou desonestas, seres que nos ajudam ou os que
tentam nos atrapalhar. Sabe-se que vivemos numa sociedade competitiva, mas
feliz do homem que se encontra consigo próprio na sua consciência moral, e
ainda, que não faculta ou colabora para que a injustiça prevaleça sobre a
justiça. Isso me faz fortalecer uma convicção: a de que a nossa grande escola é
a vida. Isso nos dizem os nossos pais, nossos professores e outras pessoas de
igual experiência.
Com
o passar do tempo, vamos aprendendo determinadas coisas que, antes, ao nossos
olhos, postavam-se como de difícil compreensão. Digo isto por que sempre me
coloco em diálogo comigo mesmo. Nunca fico sem parceiro para a análise de
minhas ações e até ilações: de uso próprio e com os outros. Eu próprio sou o
sujeito e o objeto de minha crítica. Isto, porém, não se estabelece de uma hora
para outra. O tempo nos ensina, a dor nos redime, o amor nos fortalece.
Quantas
vezes não nos encontramos em encruzilhadas sem saber qual a direção a seguir! É
como se estivéssemos num deserto, mas sempre haverá uma saída. Basta que para
isso não usemos de maldade com as pessoas, mesmo que não nos sejam simpáticas
por algum motivo. Acredito que os nossos caminhos serão abertos na soma de
nossas atitudes conscientes e sem maldades. Em algum lugar seguro, se seguirmos
no caminho da lealdade, da honestidade, da simplicidade com humildade,
chegaremos.
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