Ainda
sinto àquele aroma que me invadia
Pressinto
a tua chegada
Imagino
o passar do tempo a tua espera
Ouço
os teus pés indo e vindo
O
teu perfume exalando e confundido com o das flores
A
tua face, como uma pétala, todos os dias renovada
Ainda
ontem lembrei de nunca te esquecer
Lembrei
da tua essência em mim
E
me fiz de rogado, orgulhoso que sou de te possuir
Nos
meus olhos, ainda brilha o teu ser refletido
Na
minha boca, ainda o doce de teus lábios
Nos
meus ouvidos: eu te amo!
E
como era bom te ver chegando
Deixando
sempre novas essências do ser em mim
E
de novo olho para o jardim, a te confundir com o que de lá brota
Mas
sei, nem notas o meu querer e ter eterno
É
como se fosse o amor guardado e maturando em cada estação
Da
mesma maneira que nasce, cria e fica no coração de quem ama
Ericeira
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