Ganhei
asas
Asas do
tempo
Com
tanta rapidez
Estúpido,
nem me dei conta de mim
Nem do
começo e nem do fim
E um
tempo se foi …
Um
outro, prometido …
À
procura de mim num eu distante
E
adentrei em camadas imaginárias de meu céu
Sumir no
tempo
Agonizei,
vivi, morri…
Mas não
me tornei coisa
Ainda
bem que meu coração resistiu
Em
tempestade me segurei em mim
Mas
desabei em alturas
É que às
vezes deixei as minhas mãos sem o atrito
Àquela
liga do pulsar do coração
E
convencido sai me achando um herói
Quando
me imaginei chegando
Novamente
catei letras, juntei-as numa panaceia
Umas se
multiplicaram feito sementes pródigas
Outras,
à esterilidade
Deixando
pedras
Entraves
… descaminhos
Eu sei
feridas se abriram
Ao
relento e sem cobertor
Um tanto
absorto
Sigo na
ação das asas ao céu
Agora,
calejado e sofrido,
Sem
aferir culpas aos réus
E nem
por isso ou cousa alguma,
condená-los
E aspirante
a um tempo obreiro
Sem
temer me esvair ou me reconstruir
E em
tempo algum me esvaziar do que sou
Ou mesmo
lamentar
Pois sei
não sou o limite
E os nós
de nós serão tecidos
Nilson
Ericeira
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