do que é real, do que existe, tendo ou não tendo forma. Somos produto da
realidade, embora, por vezes, prefiramos viver no mundo abstrato.
Existem
mundos, mas nem sempre somos capazes de perceber.
Dificuldades
e obstáculos todos nós passamos e as superamos ou não, o que não podemos é cair
no vazio da desesperança, como se tudo para nós não desse certo. Criar o clausuro
da infelicidade, atribuindo inclusive as nossas supostas derrotas aos outros.
Na realidade, parece-nos mais confortável transferir o que nos diz respeito aos
outros.
Por
mais que vivamos em tempos hediondos, em que haja deslocamentos da realidade e
dos valores, precisamos ser fortes na condução da nossa esperança. Sentido em
que em todos nós há centelhas de luz e vida que nos fazem continuar e acreditar
que determinadas coisas também nos são possíveis. Entretanto, não podemos
deixar de refletir sobre as mudanças que precisam acontecer em nós próprios e
na sociedade a que pertencemos. É que, por vezes, deixamos de lutar porque
decretamos a nossa derrota em nós mesmos e nem largamos do ponto inicial, aliás,
retrocedemos.
Fazendo
este texto, vejo-me em alguns cenários pretéritos em que a minha situação me
levava a não acreditar no meu potencial. E isto me prejudicou muito. Mas, exatamente
neste momento, é que precisamos reagir e, mesmo não perdendo de vista a análise
de contexto, adquirirmos mais força. E, ainda, um dos elementos de apropriação
da mudança, é o afastamento de quem não nos faz bem.
É
que existem àqueles que na perspectiva de nos ajudar acabam nos deixando mal.
Por vezes nem é intencional. Aqui há reflexões outras que podem ser estabelecidas,
com a devida relatividade.
Tecendo
estes fios, alerto com o mesmo dever que convoco as pessoas para um pouco de
reflexão, de que alerto do mesmo modo, de que não deverei ser seguido, pois não
me acho suficientemente preparado para diagnosticar e encaminhar, mas, tão
somente como forma de contribuição.
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