Hoje eu
resolvi ponderar os meus pecados
E
assumir todos um por um
Da mesma
forma que fiz quando criei asas
E voei
feito passarinho no cio
E sentir
o céu com a imensidão da busca
Da mesma
forma que sentir frio e dor em noites de tempestades
E de
igual forma que sentir arder o calor do tempo em mim
Ainda
assim segurei lágrimas!
Segurei
meus versos como ninguém percebesse de que fonte me faltava
Ou mesmo
qual o amor de que preciso
E assim
criei cenários, dias e noites
Repartiu
meu ser entre o que me aceita e o que me repudia
Tentei
me depurar no amor de que me alimento
Mas
ofusquei meus desejos tão sublimes
Por isso
paguei o preço de ter sido levado
De ter
me negado, e no amor, calado
Visto
ser eu um ser que se alinha no verso
Mesmo
que em palavras tão arbitrárias e de sintaxe duvidosa
Contenha-me,
pois Senhor nestes versos de todos os dias
Que em
parição poética saem, fluem e voam…
E quero
um dia declamar para ti de todo o meu amor
Que me
seja pecado ou não
Mas sei
que são coisas de que produzo no meu coração
Ericeira
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