Por cima do sol
da lua
conversando com as estrelas
sem o brilho delas
com agruras dos homens
com o dissabor da ingratidão
com um velho coração
com rugas do tempo
insatisfações
Além do céu
do meu ego infeliz
e sem sentido
Com dores no corpo
no ser e na alma
Sem caminhos para seguir
Pois todos o levam ao abismo
É muito triste ser um ser sozinho em
mundos
Além do metafísico, que se parece
surdo-cego-mudo
Mas que fala, ver e ouve o mundo
Assim, desço as escadas da vida
Num funil seletivo
Sem mãos, sem pés, sem asas…
Nilson Ericeira
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