Imagino-me sem pensar
Eu me imagino feito tamboeira na água
À deriva, igual gente serviçal
Acho que não seria nada cômodo
amoldar-me aos sem preço
Sem ética, sem pudor e sem
consciência
Uns nus morais
Poderia ser só mais um da goteira
Olhando para o céu à espera do sobejo
Esquálido sobrevivo em meio a
escombros
Entretanto, respiro o ar dos justos
Pois prefiro à morte a ter que me
amoldar à falsidade moral
Os que se afastam nunca estiveram
próximos
Apenas convinha, convém, convenientes
Antes viver só a ter solidão à espera
de bajuladores
Nilson Ericeira
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