
Bate pingo d’água na telha ressequida pelo tempo
Bate saudade, bate…
Corre água da beirada ao rio
Desce nas ruas geladas de Arari
Geladas de uma gente silenciosa
Em chegadas e despedidas
Uns buscam a Morada, outros chegam
O povo se recolhe como quem obedece à natureza
O rio se alegra e belisca igarapés
O mururu forma um tapete verde imenso
A vegetação nutre o rio,
que nutre o homem,
que nutre a vida
Os ‘bentivis’ que há muito não se molhavam
Agora, amarelinhos de frio
O silêncio da noite diz-se que o inverno chegou
O prenúncio da primeira chuva de dezembro
A água bate no chão e confunde o que sente o coração
Se nostalgia ou coisas alhures
O poeta, a casa, os óculos reserva
Fitam os olhos em mim como que ciúme dos meus olhos
Grilos e sapos em orquestração
Dentro de mim saudade de doer o coração
A minha moça linda não está
Apenas no refúgio deste coração
Nilson Ericeira
(Robrielle)
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